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Mostrando postagens de maio, 2014

A função inferior

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 Por: Hellen Reis Mourão A função inferior é nosso calcanhar de Aquiles, onde está a nossa ferida mortal, aquilo que não gostamos de ver em nós. Onde “pagamos mico”, nos embaraçamos. Aquilo que te fere, que te toca, que te da vontade de gritar, chorar...Sua ferida mortal! Sendo a porta do inconsciente quando cutucada se abre para a sombra, ativa complexos e detona o ego. É como pisar em formigueiro, em questão de segundos seu pé está lotado de formigas. As formigas são complexos que “engolem” o ego. Muitos me perguntam como assimilar a função inconsciente¿ Eu respondo: é impossível! Essa é uma idéia ilusória do ego, que podemos ”assimilar” a função inferior. Pois ela é o inconsciente. Ela é o portal por onde passam os nossos conteúdos sombrios. E é humanamente impossível assimilar todo o inconsciente. Cada vez que você se conscientiza de um conteúdo sombrio, logo vem outro. Somos completamente incapazes de exercer um controle consciente da função inferior, somo

A importância dos contos de fada

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 Por: Hellen Reis Mourão Durante toda a história da humanidade, o homem, mesmo não tendo consciência disso, procurou manter um relacionamento com o inconsciente coletivo e seus arquétipos. Entre os povos antigos isso se dava por meio da interpretação dos sonhos e das estórias contadas ao redor de fogueiras. Os contos de fada, assim como os mitos, as lendas e as fabulas, falam a linguagem da alma. São similares aos nossos sonhos e as nossas fantasias. Observe qualquer menina quando tem o contato com os contos pela primeira vez. Elas se encantam com as princesas, com as fadas, com as rainhas. Elas vivem aquilo em suas brincadeiras, em sua fantasia. Marie Louise Von Franz, uma das maiores expoentes no estudo dos contos de fada, diz que os contos são a expressão mais pura e mais simples dos processos psíquicos do inconsciente coletivo, pois eles representam os arquétipos na sua forma mais simples, plena e concisa (Von Franz, 2005). Quando nos tornamos adultos per

O Tempo

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Por: Hellen Reis Mourão Tempo! Quantas vezes nos deparamos com o problema do tempo? Gostaríamos de ter mais tempo para fazer mais coisas! O quanto não sonhamos com um futuro feliz! Sonhamos em encontrar a pessoa dos nossos sonhos, almejamos um emprego melhor, o carro do ano, tudo o que venha nos trazer felicidade...no futuro! Ou quantas vezes nos pegamos lamentando o passado, lembrando de nossas infelicidades, quando nossos corações foram partidos, quando fomos agredidos, abandonados, ou nos pegamos pensando em coisas que deveríamos ter feito, mas não fizemos. O tempo cronológico é uma invenção da consciência. Nosso ego, nossa mente é capaz de se locomover pelo para o passado e para o futuro. E o que é pior, vivemos constantemente neles. Raramente estamos no presente. Ekchart Tolle, em O Poder do Agora comenta; “Para o ego, o momento presente dificilmente existe. Só o passado e o futuro são considerados importantes. Essa total inversão da verdade explica por

Hermes - O psicopompo

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 Por: Hellen Reis Mourão Hermes era Filho do deus Zeus e da deusa Maia. Nasceu num dia quatro (número que lhe era consagrado), numa caverna do monte Cilene, ao sul da Arcádia. O menino revelou-se de uma precocidade extraordinária, apesar de enfaixado e colocado no vão de um salgueiro, árvore sagrada, símbolo da fecundidade e da imortalidade, o que traduz, de saída, um rito iniciático. No mesmo dia em que veio à luz, desligou-se das faixas, demonstração clara de seu poder de ligar e desligar, e viajou até a Tessália. Lá furtou uma parte do rebanho de Admeto, guardado por Apolo. Amarrou ramos na cauda dos componentes do rebanho, para que, enquanto andassem, fossem apagando os próprios rastros. Numa gruta sacrificou duas novilhas aos deuses, dividindo-as em doze porções, embora os imortais fossem apenas onze: é que acabava de promover-se a décimo segundo. Encontrou uma tartaruga no caminho, retirou-lhe a carapaça e, com as tripas das novilhas sacrificadas, fabricou a lira.