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Mostrando postagens de 2015

A Função inferior nos contos de fadas

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Por: Hellen Reis Mourão Na obra Tipos Psicológicos, Carl Jung nos forneceu um sistema de orientação do ego que se baseia em sua relação com o mundo exterior e interior por meio das funções psíquicas (sensação, intuição, pensamento e sentimento) e das atitudes (introvertida e extrovertida). As funções psíquicas foram divididas em dois grupos: racionais (pensamento e sentimento) e irracionais (sensação e intuição). As funções racionais, Jung classificou como julgativas e as irracionais funções apreciativas. Todos nós em nosso desenvolvimento psíquico acabamos por desenvolver uma função, que passa a ser então, usada com maior facilidade pelo ego em seu manejo com o mundo. A essa função Jung deu o nome de função principal. Mas esse desenvolvimento da função superior se da à custa da repressão da função inferior, ou seja, aquela que é oposta à superior. Assim ocorre como todos nós, isso faz parte do nosso desenvolvimento como seres humanos. No entanto, em determinado momento

A Solutio nos contos de fadas

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Por: Hellen Reis Mourão   Na alquimia, ou opus alquímica, a prima matéria deve ser submetida a uma série de operações químicas a fim de transformá-la na Pedra Filosofal. Uma dessas operações alquímicas a qual a prima matéria pode ser submetida é a Solutio. A Solutio está ligada ao elemento água e consiste em transformar um sólido em um liquido. O sólido então se dissolve, se desmancha no liquido, sendo por ele engolido. A água era então considerada como útero, e a Solutio, em termos psicológicos, um retorno ao útero, configurando uma regressão da libido (antes investida no ego) ao inconsciente, para fins de purificação e renascimento. Psicologicamente trata-se de um retorno a matriz, que simboliza o inicio e fim da vida, para que aspectos endurecidos na nossa personalidade, que não aceitam mudanças, “desmanchem” e suavizem. Ela então simboliza aquilo que Carl Jung denominou de regressão da libido. Esse é um estado pré-consciente, onde o ego se encontra simbolicamente

Os arquétipos da Umbanda

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  Por: Hellen Reis Mourão A Umbanda é uma religião tipicamente brasileira, que sintetiza outras religiões bastante conhecidas do brasileiro como: o catolicismo, o espiritismo e o candomblé. O termo "Umbanda" ou "embanda" é oriundo da língua quimbunda de Angola , significando "magia" ou "arte de curar". Após o Congresso de 1941, foi estabelecido que "umbanda" vinha das palavras do sânscrito aum e bhanda , termos que foram traduzidos como "o limite no ilimitado", "Princípio divino, luz radiante, a fonte da vida eterna, evolução constante". Os adeptos costumam celebrar o surgimento da Umbanda em 15 de novembro, quando o médium chamado Zélio Fernandino de Morais Zélio foi convidado a se sentar à mesa da sessão na Federação Espírita de Niterói, quando incorporou um espírito que se levantou durante a sessão e foi até o jardim para buscar uma flor e colocá-la no centro da mesa, contrariando a regra de

Reinações de Narizinho

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Por: Hellen Reis Mourão  Reinações de Narizinho é uma obra do grande escritor brasileiro Monteiro Lobato, escrita em 1931. O livro deu o impulso para a série Sitio do Pica Pau Amarelo. Apesar de a obra conter algumas passagens inadequadas com o tom preconceituoso em relação à negra Tia Anastácia (aceito na época do lançamento), a obra é uma das mais importantes da literatura infantil. Composta de capítulos onde mesclam os personagens do sitio com personagens famosos do imaginário infantil, a obra é um conto de fadas brasileiro. Reinações de Narizinho faz parte da cultura brasileira e ainda se mantém como adaptação para a televisão até os dias atuais. Por essa razão, mesmo tendo alguns conteúdos preconceituosos, seu conteúdo permanece por ser universal. A heroína da obra, Narizinho é uma menina chamada Lucia. Neta de Dona Benta e mora no sítio com sua avó e com Tia Nastácia. Tem sete anos possui pele morena jambo. É uma curiosa, sonhadora e sapeca. Seu apelido é d

Congresso Online

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Venha participar do Primeiro Congresso Online! Abaixo o link para inscrição: http://hotmart.net.br/show.html?a=A2781846H&ap=a5ec

A busca da sentido

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Por: Hellen Reis Mourão Joseph Campbell em sua obra O Poder do Mito, afirma que a experiência que o ser humano mais procura é a de se sentir vivo. Essa seria a base do sentido da vida. Infelizmente hoje uma profusão de doenças psíquicas como a depressão - que vem se tornando o mal do século - ocorre devido a um embotamento do homem em relação a si próprio e a vida. A maioria de nós não sabe qual o sentido de estarmos nessa vida e apenas sobrevive. Trabalha, come, dorme, passeia, mas por dentro não se sente vivo. O avanço tecnológico e intelectual nos trouxe muitos benefícios em termos intelectuais, de saúde e culturais, entretanto com ele tivemos uma perda substancial de contato com o inconsciente. Nossa cultura ocidental voltada para ”o fazer”, “o acontecer” e para a atitude extrovertida nos anestesiou e denegriu tudo o que é voltado para o subjetivo, para o interior. Perdemos a paciência em esperar que as coisas aconteçam no tempo certo. Observamos essa atitude ocide