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Mostrando postagens de 2016

A diferença entre Mitos e Contos de Fadas

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Por: Hellen Reis Mourão Na Psicologia Analítica o estudo dos mitos e dos contos de fadas possui uma importância capital no entendimento dos processos psíquicos que se desenvolvem no inconsciente coletivo. Ambos apresentam uma realidade sobrenatural, fabulosa e mágica. Contudo, existem diferenças importantes entre eles. MITOS Os mitos mostram como as coisas passaram a existir. Falam do gesto criador. As forças da natureza - como a noite, a chuva, o sol – eram caracterizadas por um deus ou deusa, que teve sua criação descrita na Mitologia. O mesmo ocorre com coisas mais abstratas como o amor, a guerra, etc. O mito trata então de uma ação criadora e de como o homem se relaciona com a criação, sendo ele mesmo também uma criação divina. No mito sobre a morte, por exemplo, vemos como nos tornamos mortais. Eles, portanto, explicam a existência de algo no mundo, explicando fatos que eram desconhecidos da ciência. CONTOS DE FADAS Os contos de fadas mostram uma si

O Corvo – Conto dos irmãos Grimm

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Por: Hellen Reis Mourão Houve, uma vez, uma rainha cuja filhinha pequena, ainda de colo, era impertinente até não se aguentar. Certo dia, a menina estava tão mal humorada que era impossível aturá-la; a mãe lançou meio de todos os recursos para acalmá-la, mas em vão. Querendo distraí-la, a rainha abriu a janela e, vendo alguns corvos esvoaçando em volta do castelo, disse, num assomo de impaciência: - Gostaria que fosses um corvo, pelo menos estarias voando e brincando lá com os outros e me deixarias em paz. Mal acabou de pronunciar essas palavras, eis que a menina se transformou, subitamente, num corvo e saiu dos braços da mãe pondo-se a voar pela janela fora. Foi voando diretamente para a floresta, onde ficou durante muito tempo e seus pais nada mais souberam dela. Passados alguns anos, certo dia um jovem atravessava a floresta e, de repente, ouviu uma voz; olhou para todos os lados sem descobrir ninguém. A voz tornou a fazer-se ouvir, então olhando naquela direção, viu, p

Qual o seu conto de fadas preferido na infância?

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Por: Hellen Reis Mourão Todos nós temos um conto (ou uma história) que na infância adorávamos ler e reler. Nosso conto favorito, ou aquele que nos dava muito medo. No processo analítico, por vezes gosto de perguntar qual foi o conto que marcou a infância do analisando. Esse conto pode auxiliar no processo de cura e na individuação. O conto de fadas favorito tem um papel relevante na infância, pois é nessa época que a estrutura psíquica está se formando e aponta de forma teleológica para possíveis problemáticas na vida adulta. Durante a infância mudamos de contos favoritos, no entanto, a problemática fundamental permanece a mesma, e assim a escolha se dá em um conto semelhante. Com a psicanálise vemos que as formações primitivas infantis são de grande importância, pois formam uma realidade psíquica – a despeito da realidade exterior – nos quais as raízes das neuroses se formam. Sua importância vital na análise é a de que ele abrange o fundo mágico – mitológico que fo

Nix - A Noite

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Por; Hellen Reis Mourão Nix é a deusa da noite. Filha do Caos e irmã de Érebo, a escuridão, ela representa o feminino primordial. Essa deusa representa a noite com seus mistérios e segredos. Patrona das bruxas e feiticeiras, que a cultuavam por acreditarem que ela proporciona fertilidade à terra fazendo brotar ervas encantadas. Homero se refere a Nix com o epíteto " A domadora dos Homens e dos Deuses ", demonstrando como os outros Deuses respeitavam-na e a temiam, pois ela tem total controle sobre vida e morte, tanto dos homens como dos Deuses. Em uma variante da cosmogonia órfica, Nix põe um ovo, do qual nasce Eros, enquanto Urano e Géia se formam das duas metades da casca partida. Ou seja, da noite e da escuridão, nasce o desejo de união (Eros), o amor. Da união de Nix com seu irmão Érebo, também nasce: Éter (luz celestial) e Hemera (Dia). Da escuridão é que nasce a luz. Dois opostos Nix e Érebo (trevas e inconsciente) e Éter e Hemera (luz e consciência).

Branca de Neve e Rosa Vermelha

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Por: Hellen Reis Mourão Uma pobre viúva vivia isolada numa pequena cabana. Em seu jardim havia duas roseiras: em uma florescia rosas brancas, e, na outra, rosas vermelhas. A mulher tinha duas filhas que se pareciam com as roseiras: uma chamava-se Branca de Neve; a outra Rosa Vermelha. As crianças eram obedientes e trabalhadeiras. Branca de Neve era mais séria e mais meiga que a irmã. Rosa Vermelha gostava de correr pelos campos; Branca de Neve preferia ficar em casa ajudando a mãe. As duas crianças amavam-se muito e quando saíam juntas, andavam de mãos dadas... Elas passeavam sozinhas na floresta, colhendo amoras. Os animais não lhes faziam mal nenhum e se aproximavam delas sem temor. Nunca lhes acontecia mal algum. Se a noite as surpreendia na floresta elas se deitavam na relva e dormiam. Uma vez, passaram a noite na floresta e, quando a aurora as despertou, viram uma linda criança, toda vestida de branco sentada ao seu lado. A criança levantou-se, olhou com carinho para el