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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Iansã e o domar das emoções

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Por: Hellen Reis Mourão Iansã ou Oya é um Orixá muito famoso e popular no Brasil. Oya-Iansã foi mulher de Xangô, juntamente com Obá e Oxum. É a deusa das tempestades e dos relâmpagos. Rege os ventos, o fogo e as paixões. Iansã é saudada como a deusa do rio Níger. E mesmo estando relacionada à água pelo rio e pela tempestade, ela também está relacionada com o fogo e com o ar (furacões, ventania). Isto indica a união de elementos contraditórios e conflitantes, o que vai influenciar diretamente a personalidade da deusa. Domina o mundo dos mortos (Eguns), sendo o único orixá capaz de enfrentá-los e dominá-los. Para isso utiliza um instrumento litúrgico chamado Eruexim, uma chibata feita de rabo de um cavalo atado a um cabo de osso, madeira ou metal. No Brasil foi sincretizada com Santa Bárbara. Oya é uma Orixá guerreira. Representante da força feminina e das mulheres que querem se firmar em um mundo masculino. Seu temperamento é ardente, impetuoso e transgresso

Oxumaré - A dinâmica psíquica

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Por: Hellen Reis Mourão Oxumaré é um Orixá complexo, suas funções são múltiplas. Na Mitologia iorubá é considerado o Orixá dos movimentos e de todos os ciclos. Senhor da mobilidade e da atividade, é representado pela cobra e pelo arco-íris, por isso é considerado o senhor de tudo o que é alongado, como, por exemplo, o cordão umbilical. Em sua mitologia é filho mais novo e preferido de Nanã. É irmão de Omulu, Ewa e Ossain. Representado por uma serpente que morde a própria cauda, se mostra como símbolo da continuidade e permanência. Ao mesmo tempo em que representa a movimentação e mobilidade da Terra, com seus movimentos de rotação e translação, segundo Verger, Oxumaré enrola-se em volta da terra para impedi-la de se desagregar. Se perdesse as forças, isso seria o fim do mundo. Portanto ele controla os movimentos, para que não sejam nem rápidos nem lentos demais. Seus domínios estão nos movimentos regulares, que não podem parar, como a alternância entre chuva e so

Oxum – A Afrodite afro-brasileira

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Por: Hellen Reis Mourão Pouco se tem escrito, em termos psicológicos, sobre os mitos africanos. Uma pena, já que esses mitos permeiam uma religião tipicamente brasileira, a Umbanda e vieram a fazer parte da nossa cultura via os escravos. Um trabalho relevante, na área da psicologia analítica, é o do prof. José Zacharias, com seu livro A Dimensão Arquetípica dos Orixás. A Mitologia Yorubá é composta pelos Orixás, que são deuses da natureza e que representam arquétipos já conhecidos nossos, mas com uma roupagem diferente. O primeiro Orixá que vou descrever é Oxum, a senhora do Amor africana. Oxum é a Deusa das águas doces e frescas, divindade do rio Oxum, na Nigéria. É o orixá do ouro, do mel, da beleza, do amor e da gestação. Exú é o orixá responsável pela fecundação. Quando ocorre a fecundação, a regência passa a Oxum, que protege o feto durante esse processo. Após o nascimento a regência passa a Iemanjá. A ela pertence o ventre da mulher (lembrand